No dia em que se assinala um ano sobre a morte de Eusébio da Silva Ferreira, ocorrida a 5 de janeiro de 2014, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, acompanhado por Luís Filipe Vieira, Presidente do Sport Lisboa e Benfica, por António Cardoso, Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica e pela viúva e filhas de Eusébio, descerraram a placa toponímica da “Avenida Eusébio da Silva Ferreira” – num troço da Segunda Circular, junto ao Estádio da Luz, que a partir de agora passa a ter “uma nova morada”. Outrora denominada Avenida General Norton de Matos, a partir de hoje, Avenida Eusébio da Silva Ferreira, a via que passa em frente à Luz é agora uma homenagem eterna ao Pantera Negra, glória máxima do Sport Lisboa e Benfica e melhor jogador português de todos os tempos.
Nesta cerimónia, na qual marcou também presença o Presidente da Assembleia de Freguesia de São Domingos de Benfica, João Pinheiro, foi possível escutar o Presidente da CML referir-se a Eusébio da Silva Ferreira “como uma das grandes figuras do século XX português” e que é “muito mais do que património do Benfica, é património de todo o país e de toda a humanidade que gosta do futebol”. Por seu lado, o Presidente do SLB, Luis Filipe Vieira, referiu na sua intervenção que a “história, até hoje, ainda é redutora em relação à grandeza de Eusébio que ganhou em vida o direito à eternidade pelas suas marcas de carater e talento”.
Nesta cerimónia foi ainda possível escutar Manuel Alegre que homenageou o futebolista com a leitura do poema da sua autoria “Eusébio” que gentilmente ofereceu à Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica no final da cerimónia.
Poema de Manuel Alegre dedicado a Eusébio e lido na cerimónia
“Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo-
só palavra
Abstracção
ponto no espaço
teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo –
era poema”