ADVERTÊNCIA | Lagarta do Pinheiro

A processionária do pinheiro é um inseto desfolhador, que pode parasitar todas as espécies de pinheiros e cedros. Ao longo do seu ciclo de vida, este inseto passa por vários estádios de desenvolvimento, sendo que a fase de lagarta é aquela que apresenta maior risco para a saúde pública. Ocorre normalmente no final do Inverno e início da Primavera, em que é comum iniciarem a habitual procissão de descida da árvore até ao solo. Este ano, e devido às alterações climáticas, a descida destas lagartas para o solo, está a acontecer mais cedo e foram já avistados algumas nos nossos espaços verdes.

No Outono, fez-se o controlo biológico preventivo em todos exemplares de pinheiro e cedro dos espaços verdes públicos da freguesia. Esta intervenção foi feita com o objetivo específico de reduzir de forma significativa a população de processionária e tivemos até ao momento uma redução significativa do número de ninhos nos exemplares arbóreos, relativamente a anos anteriores. No entanto pretendemos alertar os nossos fregueses para o ainda assim possível surgimento de lagartas nas zonas onde existam Pinheiro e Cedros.

Caso encontre ninhos ou alguma “procissão” desta lagarta em espaço público deve contactar a Junta de Freguesia.

Em caso de aparecimento de sintomas de alergia (que são transitórios – menos de 24 horas), consulte de imediato o posto médico mais próximo, lave a roupa a altas temperaturas (maior ou igual a 60ºC) porque a proteína dos pelos urticantes responsável pelas alergias – a taumatopoína – só é desnaturada a partir destas temperaturas. Os sintomas poderão ser:

  • Urticária: irritações na pele (geralmente ardor, comichão e manchas avermelhadas na pele);
  • Irritações nos olhos (olhos avermelhados, inchados e com comichão);
  • Alterações no aparelho respiratório (dificuldade respiratória).

Precauções em animais domésticos

No caso dos animais domésticos, se notar alguma alteração, por exemplo, na coloração da língua, recorra de imediato ao veterinário. A mucosa oral e a língua são as zonas anatómicas mais afetadas, podendo a zona ocular ser também afetada.

PREVENÇÃO: Nesta altura, deve impedir-se o acesso dos animais a pinhais, jardins ou bosques, onde existam pinheiros ou cedros. Se vir as lagartas, não deixe que crianças ou animais lhes toquem.

SINAIS CLÍNICOS NOS ANIMAIS são variáveis e têm caráter evolutivo:

  • inchaço do focinho
  • salivação excessiva
  • dificuldade em engolir
  • prurido intenso, sobretudo na face
  • urticária
  • vómitos
  • apatia
  • perda de apetite
  • dificuldade em mastigar
  • alterações oculares

A língua é o órgão mais afetado, uma vez que é o que mais frequentemente entra em contacto direto com a lagarta, quando o cão explora o seu sabor e textura. Inicialmente aumenta de volume, torna-se azulada, surgindo, posteriormente, áreas de necrose (morte dos tecidos), de cor amarelada ou preta. Podem desenvolver infeção dos lábios, língua e de toda a garganta, para além da perda de tecidos, nas zonas necróticas, entre 6 a 10 dias depois da exposição.

No caso de contacto com os olhos, estes podem ficar com uma tonalidade azulada (devido a edema), fobia à luz, prurido ocular, conjuntivite e úlcera da córnea.

Os sinais clínicos sistémicos são raros e incluem choque anafilático, tremores musculares, coma e morte.